Vida
é mistério, eternidade também. Tempo é elo que liga as duas pontas de nossas
certezas ou incertezas. Ele é uma série ininterrupta e infindável de instantes:
presente, passado e futuro. É a sensação que ora nos devora, ora nos deixa
extasiado, revelando o ciclo celeridade e lentidão.
Neste
mês iremos nos enveredar pela consciência do tempo e, para tanto, nossas
considerações clariceanas vão encontrar abrigo no gênero textual versátil e de
gosto popular: a crônica. Refletir ou não refletir, eis a questão. E como não
ponderar sobre o cotidiano diante de uma obra tão convidativa/provocadora como
é a de Clarice Lispector. Nossa autora, diligentemente, extrai de cenas
simplórias momentos de introspecção. É o tempo psicológico se sobrepondo ao
cronológico e, então, dialogamos com nosso ser.
Nossa
aventura do projeto “Desafiando Leitores” de setembro encontrará como pano de
fundo a experiência de uma criança diante de uma bala que não se acaba na
crônica “Medo da Eternidade”. São reminiscências pueris aparentemente ingênuas
que nos induzem a meditações adultas. Este, portanto, caros leitores, é o
universo clariceano que mais uma vez nos desafia e nos transforma.
Kílvia e Renata – professoras coordenadoras do LEI
5º Desafio
Literário Mansat
Desafio: Tempo Efêmero,
Tempo Eterno
A crônica “Medo da Eternidade” de
Clarice Lispector nos leva a ponderar sobre a finitude de nossa vida por meio
da comparação do chiclete com a eternidade (morte). A narrativa nos traz à tona
a inexorável existência do ciclo tempo a partir da perspectiva unilateral e
subjetiva da narradora-personagem por meio de suas memórias de criança. Como
desafio deste mês, instigamos a leitura da obra em questão e também a produção
de um comentário nesta postagem, mostrando quais virtudes suas devem ser
lembradas como qualidades marcantes da sua história de vida que o tempo fará
sempre presente na mente das pessoas.
Link da crônica:
https://cronicabrasileira.org.br/cronicas/5889/medo-da-eternidade